Graduanda do 3º semestre em direito na Universidade Federal da Bahia e estagiária voluntária da 2ª Vara dos Feitos Relativos aos Crimes contra a Criança e Adolescente.
O presente artigo busca, por meio de uma análise geral da evolução do modelo de coalizão presidencialista brasileiro, entender o atual momento crítico que vive a política brasileira no governo. Dessa forma, destaca-se, brevemente, o surgimento do presidencialismo, tal como suas premissas básicas e sua chegada ao Brasil. Ademais, é realizado um estudo a respeito da evolução do presidencialismo brasileiro e a forma que o conceito de coalizão se relaciona com o cenário deste modelo até os dias atuais. A metodologia adotada foi a revisão bibliográfica e análise de bancos de dados oficiais, buscando compreender se a composição política brasileira atual e as medidas adotadas pelo chefe de executivo condizem com a estrutura política exposta pelo conceito do presidencialismo de coalizão. Nesse sentido, conclui-se que o modelo político brasileiro, ao contrário de ser modificado pelo governo bolsonarista, teve suas falhas exacerbadas.
Referências
ABRANCHES, Sérgio. Polarização Radicalizada e Ruptura Eleitoral. In: ABRANCHES,
Sérgio, et al, Democracia em Risco? São Paulo, Companhia das Letras, 2019.
ABRANCHES, Sérgio. Presidencialismo de coalizão: o dilema institucional brasileiro. Rio de Janeiro, Revista de Ciências Sociais, vol. 31, n. 1, 1988.
ABRANCHES, Sergio. Presidencialismo de Coalizão: raízes e evolução do modelo político brasileiro. São Paulo, Companhia das Letras, 2018.
ARAÚJO FILHO, Valdemar F de; ARAÚJO, Mateus de Azevedo. A Organização do Governo Bolsonaro e a Coordenação da Crise Sob a Pandemia. In: FRESSATO, Soleni Biscouto; NÓVOA, Jorge (Orgs). Soou o alarme: a crise do capitalismo para além da pandemia. São Paulo, Ed Perspectiva, 2020.
CARDOSO, Fernando Henrique. O modelo político brasileiro. São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1973.
CARVALHO, J. Murilo de - Mandonismo, coronelismo, clientelismo: uma discussão conceitual. Revista de C. Sociais. Rio de Janeiro: Iuperj, v. 40, n. 2, 1997. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0011-52581997000200003 Acesso em: 29 nov. 2022.
CORREIRO, Victor Garcia Miranda. O paradoxo da paralisação política agitada: as reformas do governo de FHC e a emenda da reeleição em sua dinâmica política de pré-aprovação (1995-1996). Revista História e Culturas, Ceará, v. 4 n. 7, p. 26-55, jan. –jun. 2016. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revistahistoriaculturas/article/view/3027/2715 Acesso em: 04 dez. 2024
COSTA, Vanda Ribeiro. Origens do Corporativismo Brasileiro. In BOSCHI, Renato (Org.), Corporativismo e desigualdade: a construção do espaço público no Brasil. Rio de Janeiro: Rio Fundo Editora. Iuperj, 1991. (113-145)
COUTO, Claudio Gonçalves. Bolsonaro e o presidencialismo de desarrumação. FGV
GOMES, Luiz Alberto; LUZ, Joyce Hellen. A Governabilidade de um Presidencialismo sem Coalizão: um Estudo das Medidas Provisórias do Presidente Jair Bolsonaro. Rev. Parlamento e Sociedade, São Paulo, v. 7, n. 13, p. 55-78, jul./dez. 2019. Disponível em: https://parlamentoesociedade.emnuvens.com.br/revista/article/view/169/154 Acesso em: 29
nov. 2022
GUIMARÃES, Luís Gustavo Faria. O presidencialismo de coalizão no Brasil. 1. ed. São Paulo, Blucher Open Access, 2020.
LESSA, Renato. A Invenção Republicana. Rio de Janeiro, Ed. TOPBOOKS, 1999.
NOBRE, Marcos. Imobilismo em Movimento: da abertura democrática ao governo Dilma. São Paulo, Companhia das Letras, 2013.
RODRIGUES, Theófilo. Bolsonaro e o presidencialismo de coalizão. Revista Escuta, São
SCHWARCZ, Lilia M; Starling, Heloisa M. Brasil; Uma Biografia. 1 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016.
SPINELI, A. L. P. Confronto, judicialização e burocracia: crítica do governo Bolsonaro ao presidencialismo de coalizão como estratégia política. Revista de Ciências do Estado, Belo
