
O presente artigo discute a violência contra comunidades quilombolas e suas interseções com a violência de gênero, evidenciando os desafios enfrentados por essas populações na luta pela regularização fundiária e no acesso à justiça. O estudo parte do reconhecimento histórico e jurídico das comunidades remanescentes de quilombos, considerando o papel do Decreto 4.887/2003 e os entraves burocráticos que dificultam a titulação das terras quilombolas. A partir de uma análise de conflitos territoriais, como os casos da Comunidade Boa Vista e da Comunidade do Rio das Rãs, a pesquisa destaca as violações sistemáticas de direitos e os impactos da violência estrutural sobre essas populações.